quinta-feira, 28 de maio de 2009

Conversíveis

Comprei um pacote de viagem para Recife que incluíam passagem de ônibus e hotel conversíveis. Isso mesmo, estava escrito lá, desse modo, e a atendente me explicou que eram conversíveis, mesmo. Bem, meu sonho era conhecer Recife, mas nunca tive grana. Então descobri esse pacote de viagem por um preço inacreditável. Desconfiei, mas resolvi apostar, poderia dar certo e eu realizaria meu sonho de conhecer Recife. E era uma pequena aposta. O ônibus sairia de Araraquara, passaríamos uma noite em São Paulo, em um hotel conversível, e depois seguiríamos direto a Recife.
Estava curioso para ver esse tal ônibus conversível. Chegou o dia e a hora. E o busão aparece. Lindo! Prateado, novinho, tipo leito, confortabilíssimo, com água mineral e bolachinhas. Só não tinha teto! Exatamente, era um ônibus normal, muito bom e sem teto. Conversível mesmo. Era um pau-de-arara com suspensão eletrônica, pensei comigo... Imaginei que com aquele conforto não deveria ser tão ruim assim viajar naquilo. E fomos embora. Torcendo para que não chovesse durante a viagem nem fizesse muito sol. Com certeza iria chover e fazer um sol de rachar a moleira.
Saímos à tarde e logo depois de anoitecer estávamos em São Paulo para passar a noite – no hotel conversível! O hotel também era lindo, tinha até hidromassagem. E também era sem teto! Parecia aqueles motéis que abrem o teto. Ia dormir no relento numa cama muito confortável. Rezei uma Ave Maria com um Pai Nosso para não chover. Choveu...
No dia seguinte, saímos de São Paulo – não sei por que passamos em São Paulo, acho que só para dormir no hotel conversível - e fomos direto a Recife, com as paradas estratégicas. Rezando sempre para não chover nem fazer muito sol. Choveu e fez muito Sol! Chegamos bronzeados à praia. Deveriam ser para isso esses conversíveis...

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