segunda-feira, 25 de maio de 2009

Paraíso

Ele me recebeu muito bem. Deu toda a atenção que se podia esperar. Tratou-me com todos os cuidados. Acho que por isso melhorei logo.
Depois disso, levou-me para conhecer o lugar. Na entrada, um tanque como esses de caminhão que transporta combustível. Deveria comportar uns 10 mil litros. Só com uma abertura em cima, no centro, de cerca de 1 metro de diâmetro, sem tampa. Dentro uma água estranha, não identificável. Perguntei se não havia tampa. A assistente disse que não precisava; que a Vigilância Sanitária aprovara daquele modo. Dei-me por satisfeito. Mas ele disse que iriam tampar aquilo, sim.
Conforme íamos andando nos deparávamos com um monte de quiosquinhos de água, alimentados por uma bica que vinha de cima através de um caninho, o terreno era em declive. A água era azulada, acho que era por causa do material de que eram feitos os quiosquinhos. Eram muitos, muitos mesmos. Centenas. Lá em cima um grande poço ou piscina. Vazio. Explicou-me que seria feito ali um centro de pesquisa sobre algo que não entendi. Olhei no horizonte e vi um barranco vazio, desabitado. Imaginei comprar aquele terreno e fazer um lago artificial com cachoeira e um monte de quiosquinhos azuis.
Voltamos. Fui embora e nunca mais voltei lá. E nunca tive lago artificial, nem cachoeira nem quiosquinhos azuis.

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